domingo, 24 de outubro de 2010

RANCHO DE AMOR Á ILHA

Rancho de Amor à Iha (Santa Catarina) Filmado no Forte São José_Floripa.
{Ao fundo, num ambiente mágico, ao norte da Ilha de Santa Catarina, as ruínas do Forte São José.Hino Oficial de Florianópolis/SC composto por Cláudio Alvim Barbosa (Zininho)...

Na voz de Julie Philippe

Bom proveito
http://www.youtube.com/watch?v=bcHL_tQ9ISY&feature=player_embedded

Visita Floriónopolis e participe dessa beleza. isso é minha terra

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

VELEIRO ZEEJUTTER


Ola pessoal, a partir de hoje devo publicar o Relato do Diario de bordo do veleiro ZEEJUTTER, do meu amigo e comadante Sergio Santiago, de sua viagem partido de Flçorianópolis-SC ao Rio de Janeiro, as publicações seram na integra sem correção, isso para não tirar o brilho de sua idéias e sua maneira de escrever, Sergio velejador de bom conhecimento, ja fez esse trajeto varias vezes , sempre com sucesso, fica aqui nosso bons ventos ao amigo.Vamos lá ,
as publicações seram sempre na continuação dessa publicação, não abrido novo topico , essa informação é para que queira acompanhar seus relatos.
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Sempre que tiver atualização sera colocado a data aqui para acompanhamento.

VEJA NO FINAL

NOVAS PUBLICAÇÕES DIA diario15-10-2010
Atualização do blog --- Diário 16-10-2010
Atualização do blog diário 18-10
Atualização do Blog diário 19-10
Aualuização do blog diário 21-10
Atualização do blog diário 26-10
Atualização do blog Diário 28-10-2010
Atualiação do blog Diário 30-10-2010
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Inicio-Diario 7-10-2010

veleiro Doble Proa 1960 nome ZEEJUTTER


A ansiedade e o buraco negro: Quando vem o desejo e a decisão de velejar de Florianópolis até o Rio de Janeiro, um buraco negro aparece na minha frente por causa das grandes dificuldades que tenho que transpor até levantar a ancora e colocar o barco a navegar. Os problemas que tenho que resolver na manutenção do barco e quebrar os laços que me prendem em terra faz surgir uma grande ansiedade que acaba por afetar o meu ser.
Também ficou guardado na memória as dificuldades que encontrei em viagens anteriores, que acabam por frear um pouco o entusiasmo transformando em dúvida o sucesso do empreendimento.
A primeira dificuldade é encontrar companheiro que se enquadre no projeto de navegar. Convida um, convida outro, até que aparece o companheiro para aliviar o primeiro passo. Não que eu não tenha condições de levar o barco sozinho, mas no primeiro instante sempre se leva em consideração um tripulante para dividir os quartos de navegação. A navegação solitária é muito emocionante, mas por principio, sempre convido amigos para fazer parte do projeto.
Com o passar do tempo, as coisas vão se arranjando, o buraco negro vai se dissipando e a ansiedade a meio termo.
Na expectativa de mudar a rotina, começam a surgir muitas idéias e ponderações, e o desejo de escrever.
Uma delas foi referente à ansiedade e as dúvidas que surgem, mesmo tendo feito várias viagens.
Fiquei a pensar de como fica a cabeça de um adolescente, sem experiência de vida e navegação, como é o caso de dois “velejadores” que estão tentando bater o recorde do mais novo de idade a dar a volta ao mundo em solitário. Sem dúvida “forçados” pelos irresponsáveis de seus pais pela possibilidade de sucesso e faturar alguns dólares com isso.

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Diário- Partida 8 de outubro 2010

Levantei ancora finalmente, levando em conta de uma janela de quatro dias de vento sul, que começou a bater na sexta feira.
Era para zarpar nos dias 14 ou 15, mas finalmente aqueles dias de quando tinha somente 30 dias para viajar acabaram. Hoje, posso escolher o dia mais favorável para uma navegada tranqüila. Anos atrás, tinha que zarpar com o tempo que estava tendo, chuva, vento forte, fraco, contra, era difícil.
Veio comigo o Andre, dono do veleiro “Yaba Yaba Doo”. Pegamos um vento forte de sul, que nos levou rápido até Porto Belo, na enseada do Cachadaço. O mar levantou bastante, formando umas ondas de bom tamanho.
Consegui levantar o bote, colocando a bordo do veleiro, levantado por um pau de carga. Assim consigo navegar sem ter que ficar rebocando e o perigo dele emborcar em uma onda. O bote ficando encostado no bordo, o convés ficou livre.
Em todas as viagens anteriores de veleiro, logo que zarpava, o mundo dava uma travada, mudando completamente a rotina.
Acostumado de estar a mil, com os afazeres de terra e o trabalho no banco, o mundo girava com muita rapidez, causando um impacto quando entrava no veleiro e encontrava um mundo de silencio e o navegar como uma tartaruga.
Até encontrar o equilíbrio e acostumar com a rotina de bordo, levava no mínimo três dias, muitas vezes me perguntando o que eu estava fazendo ali. Depois tudo se encaixava, levando o comandante ao paraíso.
Nos dias de hoje, fico de segunda a sexta, das dez da manha até as cinco da tarde no meu veleiro fazendo obras e às vezes dormindo. Mais que acostumado com o reduzido tamanho e o balançar constante do barco, sai com a maior tranqüilidade.
Chegamos às quatro e meia da tarde no Cachadaço, encontrando várias lanchas e veleiros.
“Com a previsão de quatro dias de vento sul, resolvi levantar ancoras para aproveitar uma navegaçao mais direta e a favor. Pegamos um vento forte de sul que nos levou rapido ate Porto Belo. O vento agora de noite continua forte. Amanha estaremos indo direto para Sao Francisco do Sul. “


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Diário 12-10-2009
Para fazer a perna até São Francisco do Sul e chegar antes do anoitecer é necessário sair assim que amanhece.
Esperando pelos primeiros raios solares, fico na minha cama de proa, já meio acordado e prevendo o frio que vamos pegar por causa do vento sul forte do dia sete.
De repente, olho para a sala do barco e vejo um clarão vindo em minha direção. Espantado e sem entender o que estava acontecendo, olho para a minha clarabóia da gaiúta de proa e noto que um pedaço de plástico que uso para apoiar a ancora estava obstruindo completamente a luz.
Acordo o André, informando que zarparíamos imediatamente sem tomar café, e que assim que colocássemos o barco em andamento iríamos providenciar o desjejum, haja vista estarmos uma hora atrasados.
A navegada foi muito boa, com vento sul de boa intensidade e muito frio.
Instalei o leme de vento, que funcionou perfeitamente com aquela força de vento.
Um dia antes de zarpar, tive que fazer uma nova veleta para o leme de vento. Percebi que o tamanho da veleta ficou pequena, e que iria experimentar assim mesmo no inicio da viagem.
Chegamos na praia da Enseada por volta das sete horas da noite, com o vento sul batendo ainda forte e com grandes rolões vindo de alto mar, prevendo que a noite seria como dormir em uma rede sendo balançada com força.
Dormir na praia da Enseada somente em ultimo recurso, mas como chegamos tarde, e o André teria que desembarcar para pegar um ônibus para Florianópolis, fomos obrigados a ficar ali mesmo.
No dia nove, colocamos o relógio para despertar seis horas da manhã. O André pegaria o ônibus às sete. Cinco e meia da manhã já estava acordado, fazendo o café e agilizando outras tarefas, como colocar o bote na água.
Ancorei um pouco longe da praia, e como teria que remar um bocado, armei a vela na canoa. Prevendo um desembarque dificultoso, coloquei as mochilas do André em um saco a prova de água.
Não deu outra, assim que batemos com a proa na praia, veio uma onda pela popa, me ensopando todo e um balde cheio de água salgada para dentro da canoa.
Por sorte o André não se molhou, conseguindo pegar o ônibus.
Dali, sai solo, para uma navegada que a muito não fazia. O dia estava maravilhoso, com vento meio de terral fraco. Sai com as velas em cima, mas motorando. Depois de timonear por duas horas e com pouco vento de sul, resolvo colocar o piloto automático.
Ficando livre do timão, começo a fazer uma faxina no barco, e muitas vezes deitando no beliche, deixando o barco seguir sozinho o seu destino.
Perto da barra de Paranaguá, desligo o piloto e sigo em direção da Ilha do Mel. Vendo que a barra estava um pouco ondulada, com várias ondas quebrando, resolvo assim mesmo seguir o caminho que sempre faço, evitando de ir até o inicio das marcações por bóias do canal dos navios.
Chegando no início do baixio que fica na entrada, começo a pegar algumas ondas pelo través indo assim mesmo até a boca do canal.
Entro no canal por volta das quatro da tarde, seguindo direto para a ilha da Cotinga. Assim que passo a Ilha do Mel, o Newton me telefona, informando que estava a bordo do Frankenstein me esperando.
No meio do caminho, passando a ponta do Poço, erro o trajeto, pegando um baixio, encalhando. Por sorte a maré estava enchendo, e uma hora depois consigo colocar o barco em andamento.
Acabo chegando à ilha da Cotinga por volta das sete horas da noite, com o Newton já preocupado pela minha demora.
Jantamos a bordo do Frankensten, o bacalhau que sobrou da janta que o Andre fez na praia da Enseada.
12.10.10
Ficou combinado que na próxima segunda-feira zarparemos para o Rio. Enquanto isso, encalharei o ZEE na rampa do Iate Clube Paranaguá para pintura de fundo, e outras obras mais.

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DIÁRIO 13.10.10
Tirei o dia para fazer compras no centro de Paranaguá.
Parei minha canoa em frente da praça ao lado do rio, onde tem uma praia que acabou sendo um tipo de estacionamento de canoas, botes e lanchas.
Viajei até Belém de moto pelo litoral do Brasil, e nunca vi tanta canoa de um pau só e tão bem cuidadas como às de Paranaguá e Guaraqueçaba.
Quando estive a dois anos atrás com o Zeejutter passeando pela Baía de Paranaguá, e parando em Guaraqueçaba, informaram-me , que na época em que o governo distribui cesta alimentação, chegava a ter mais de quinhentas canoas lado a lado na frente da cidade.
Quem olha pela primeira vez, parece que estão fazendo um tipo de competição pela canoa mais bonita.
Acabei passando em frente da Igreja Matriz, que de fora não diz muita coisa, mas resolvi entrar, encontrando no seu interior lindos vitrais.
Infelizmente, tem muita gente pobre pelas ruas, alcoólatras e viciados dormindo pelas calçadas.
Voltei para a sub sede na Cotinga para verificar a possibilidade de encalhar na rampa. Quando deu o horário limite da maré alta, não subindo o suficiente para o trabalho, desisti, voltando para o centro para pegar o Marcelo, que viria de Florianópolis.
Novamente faço o percurso Paranaguá/Cotinga, levando o Marcelo apenas para passear, já que às seis da noite ele iria dar aula na Escola Técnica.
A esta alturas, todos já me conhecem, haja vista ter uma canoa usando um motor esquisito, Brithis Seagul Inglês de 4 hp levando uma vela armada de optimist de cor vermelha.
Perto das cinco e quinze levo o Marcelo até o centro, de canoa é claro, no início navegando à vela e depois a motor e vela para chegar a tempo de dar as suas aulas de elétrica

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Diario 14-10

comandante Sergio

Na noite passada acordei todo encarangado de frio. Fiquei com preguiça de pegar outro cobertor e fui me enrolando todo até que amanheceu. Achei aquilo estranho, pois no interior do barco é muito agradável, mesmo com o tempo de temperatura baixa.
Esta noite foi o contrario, acabei passado calor com a mesma coberta.
Analisando a situação, descobri que na noite passada dormi com a porta do barco aberta e nesta noite com ela fechada.
A verdade é que em Florianópolis, o barco na maioria das vezes fica afilado ao vento, não tendo problemas com o encanamento do ar. Aqui em Paranaguá, na Ilha da Cotinga, o barco fica mais direcionado pela correnteza das águas, ficando a popa direcionada para o vento, que com toda graça me congelou.
Fiz uma lista de 16 itens de prioridades a serem feitas, e com a ajuda do Marcelo acredito que vou adiantar meus serviços de bordo.
Como disse uma vez o Amir KlynK, saia, saia mesmo que seja para ir até a próxima esquina. No caso dele, a Ponta da Joatinga, e no meu, Porto Belo. Passando de Porto Belo, já começa a ser lucro.
Eu vou um pouco mais além. Mesmo que falte alguma coisa para arrumar, saia assim mesmo. Caso contrário, sempre haverá alguma coisa para fazer, e nunca se sai.
Certa vez, anos atrás, fui até o Rio de Janeiro com o veleiro “ARGUS”. Um mês antes da partida choveu muito, e meu trabalho ficou muito atrasado. Sai assim mesmo, aparafusando guarda-mancebos, colando ali, apertando acolá. Harley Davidson
Hoje tenho uma Harley Davidson 1959. Quando a comprei, meus amigos brincavam comigo falando que ela não passaria de Tijucas, que aquilo era uma fábrica de pregos. Tudo bem, mesmo assim fui em frente. Passei por Tijucas, passei por Joinville, Curitiba, Santos, Rio de janeiro, Vitória, Porto Seguro. Voltei para Vitória, fui até Tiradentes, voltando para Florianópolis. Com ela já rodei mais de cinqüenta mil kilometros.
Com esse meu barco dos anos 60, já fui três vezes para o Rio de Janeiro. Quem sabe no futuro irei mais longe.
Aqui em Paranaguá, navegar pelos canais tem que ter um cuidado redobrado, tendo em vista o grande numero de embarcações em alta velocidade.
Particularmente navegar de noite é um perigo. Dois anos atrás, com meu companheiro Marcos, ancorados na Ilha da Cotinga, fomos para o centro de Paranaguá assim que anoiteceu. Um amigão, o Brodher (Emerson), capitão de uma escuna de passeio que fica ancorado em um trapiche bem em frente da praça, nos convidou para um churrasco a bordo.
Tudo bem, fomos no bote de apoio com o meu motorzinho berrando no meu ouvido.
O Marcos ficou de ficar de olho nas embarcações com uma lanterna na mão. Ficamos em acordo de navegar pelos baixios para evitar as lanchas.
Já em cima de um baixio, de repente, mais que de repente, a poucos metros de nós, passa uma lancha dos práticos a milhão pelo nosso lado.
Não preciso falar do susto, perguntando para o Marcos se ele não a tinha visto chegando e o que ele fazia com a lanterna apagada.
Isso também me faz lembrar um episódio mais punk que esse. Estávamos Junior e eu no “Gostodgua”, um veleiro de quarenta pés, a navegar para Salvador, quando, já de madrugada, e eu no meu quarto de descanso acordo com o Junior a me chamar.
Ele me conta que tem uma luzinha na frente, que insiste em vir em nossa direção, parecendo ser um barco de pesca.

FOTO JUNIOR veleiroGostodágua
OK, levanto e vou ver o que é. O Junior debaixo do Dog-House, com o barco a navegar a todo pano em um vento sul forte de popa, e o barco no piloto automático.
Saio fora do barco e levanto a cabeça para ver melhor, já que o plástico transparente é precário.
O meu espanto foi grande, pulando feito gato para o timão, desligando o automático e ligando o motor.
Um enorme navio estava em nosso curso a cem metros de distancia. Por sorte uma grande onda pela popa nos joga mais rápido e passamos a cinqüenta metros da proa do navio.
Confesso que minhas pernas ficaram bambas, sem joelhos de tanto susto. A partir dali, por alguns dias, chamava o Junior de “me chama Jesus”.


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DIÁRIO-15.10.10



A ancoragem na Cotinga tem que ser feita com uma ancora de confiança. A correnteza é muito forte e o vaivém das mudanças da maré faz o barco girar constantemente.
E não sei por cargas dágua, lembrei-me de um caso que ocorreu tempos atrás.
Mário Paniagua comprou um tipo de traineira pequena com um mastro em cima e deixou apoitado ao lado do “Bruma”, meu antigo Super Guanabara, na AABB, em Itaguaçú.
Certa noite, apavorado, aparece o Mario com o Job Valentim, outro maluco de pedra, a pedir minha ajuda para salvar o seu barco, que estava indo de encontro com as pedras.
Como não era para ser, estava um vento sul forte e ainda de noite. Saímos correndo para a AABB, subindo para o bote e tentar chegar a remo para o barco.
Para subir no barco, foi como tentar subir em uma carroceria de caminhão em movimento em uma estrada esburacada.
Assim que consegui a minha proeza, verifiquei que a popa do barco estava a um metro das pedras, loucas, espumando como cachorro louco a querer espatifar as madeiras tão bem coladas que estavam.
Tentando me segurar no barco feito macaco em uma ventania em cima de uma arvore para não ser jogado ao mar, tento localizar o Mario e pedir para ligar o motor o mais rápido possível.
Quando vi, o Mário acocorado na proa a tentar soltar dois cadeados que ele tinha preso na corrente que vinha da poita.
A corrente passava pelo bico de proa, presa por um dos cadeados, e ia direto para o mastro, dando duas voltas e presa pelo outro cadeado.
Com uma das mãos ele se agarrava ao barco e com a outra, segurando um molhe de chaves a tentar descobrir qual delas abriria os cadeados.
Não sei qual magia o Mario conseguiu, mas assim que ele se livrou da corrente, ligamos o motor e saímos dali já a quase um palmo das pedras.
Quando pegamos as ondas de través, o barco balançava tanto que mais parecia uma criança a pedir para o pai balançar forte ...balança papai...balança papai.
Amigos mais próximos às vezes me perguntam se algum dia escreveria um livro contando as aventuras. Bom, para um iletrado como eu, escrever um livro é um pouco demais. Mas, contar alguns causos em um despretensioso diário de bordo até que dá.
Dois meses atrás recebi as memórias do Falecido Silveira. Grande navegador, mais conhecido como o solitário, que me inspirou a ser um navegador solo.
Eu me lembro muito bem dos tempos em que escrevia em máquina de datilografar.
Pegava uma folha de papel e enrolava em um tipo de pau preto de macarrão que ficava em cima da máquina, e começava a bater nas teclas que fazia um barulho característico tipo teck teck teck forte.
Escrevia uma folha inteira tomando o cuidado para não errar. Se errasse, tinha que pegar uma borracha própria e tentar apagar sem rasgar o papel, e depois bater novamente por cima.
Não tendo mais espaço para continuar o trabalho, tirava o papel com um puxão e colocava outro no lugar.
Depois de bater umas cinco folhas, colocava em cima da mesa e ia tomar um café. Na volta, caso de um erro, você pegar as folhas por engano e achar que é lixo, faz-se uma bolinha de papel e joga na cestinha de lixo.
De repente procura-se pelo trabalho recém terminado e descobre que jogaste no lixo. Fácil, é somente pegá-lo de volta e tentar desamassar uma a uma, de preferência pela borda da mesa.
Hoje na era digital, cometi o mesmo erro e acabei deletando a pastinha do Diário de Bordo.
A primeira sensação é de incredulidade;
A segunda de pavor;
A terceira de tentar se jogar em cima do computador e agarrar aquilo que foi jogado fora pegando com as mãos;
A quarta, ainda incrédulo, olhar bem atentamente pastinha por pastinha se não se deslocou da posição original;
A quinta é desesperadamente, vasculhar por todos os programas e verificar se não existe algum lixo cibenético no seu interior;
A sexta é bater tudo novamente, sem chance. Foi o que aconteceu depois de ter contado todo o “causo” do Mário Paniagua e do Seu Silveira. Ainda fico bom nisso.



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Diário 16-10-2010


A nau dos insensatos: Na frente da cidade de Paranaguá, ao lado do rio, tem um monumento representando uma Escuna de três mastros.
Logo que inauguraram estava montado com velas, que com o tempo foi se deteriorando.
O que não entendo é a administração ou exploração por parte da prefeitura ou do governo, em não aplicar nas cidades portuárias a riqueza que passa por ela. E essa riqueza não é pouca.
É normal encontrar ancorados na barra fora de Paranaguá em média doze navios esperando para entrar no porto.
É muita sacanagem deixar esta cidade no estado em que se encontra. Muito lixo nas ruas e praias, calçadas mal cuidadas, casarões antigos para preservar, e muitas outras coisas, que deveriam ser melhoradas para o bem do povo.

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Diário 18.10.2010


Passei um final de semana maravilhoso em Florianópolis com os meus amigos e parentes.
Participando de mais uma reunião de fim de semana do Evangelho no Lar, li uma página do livro “Porque Adoecemos – Novos Horizontes do Conhecimento Médico Espírita”, e colhi algumas frazes que tem à ver com o momento em que vivo.
“Quando voçe reduz seu próprio nível de “stress”, deixa os outros também mais a vontade. Se for cooperativo e sociável, voçe estimulará o espírito de cooperação nos outros”.
“Aprenda a reconhecer e expressar seus sentimentos e não procure rotulá-los”.
“Em geral é saudável expressar os sentimentos sempre que possível, de modo apropriado, pois, se eles forem reprimidos, podem resultar em reações inadequadas”.
Os meus primeiros diários de bordos, viajando com o “Bruma” e o “Argus”, eram toscos e falavam sómente do horário em que zarpava, de como o dia estava, nem eu gostava de le-los. Não que hoje seja uma maravilha de literatura, longe de ser um FHC ou um Sarney para entrar para a Academia de Letras.
Hoje estou mais para contar minhas peripécias e dividir os momentos bons que estou vivendo.
Na viagem de 2008, acompanhado do Marcos, começamos os dois a escrever cada um seu diário de bordo.
Como ele escrevia melhor, acabei deixando para ele a função de contar nossas aventuras, muito bem escrito por sinal.
Viajando com o Junior, grande capitão, comecei a ter o prazer de escrever, e até hoje dou boas gargalhadas com minhas estórias contadas da aventura.
Em viagem para a Europa em maio deste ano, também tive a coceira de escrever, contando para os meus amigos e parentes as aventuras e desventuras passadas em outras terras.
É interessante como se processa tudo isso. Quando estou em casa, vivendo o dia a dia, com o piloto automático ligado (rotina), o cérebro parece que desliga, evitando gastar energia, ficando moroso, preguiçoso, perdendo grande parte de análise do mundo que nos rodeia.
E quando estou viajando, vendo coisas diferentes, conhecendo pessoas e lugares, o cérebro acaba ganhando um toque mágico, fazendo meus poucos neuroneos que restaram a trabalhar, produzindo um imenso prazer para o meu espírito
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Diário 19.10.2010

O meu pé de laranja lima....ou melhor....minha canoa de vela vermelha: Tenho navegado direto com a canoa a motor e vela armada, mesmo sem ter vento e vou contar porque.
Certa vez, chegando em Paraty com o ZEE e acompanhado da Rossana, já ansiosos por tomar um café expresso com bolos, ancoro em frente do trapiche da cidade.
Tomamos um belo banho, a Rossana colocando sua bermuda novinha em folha, toda bem vestida e perfumada para novamente passear pela charmosa Paraty.
Era por volta das quatro da tarde, preparo o dingue, limpo todinho para não sujar a bermuda branca da Rossana e coloco o motor.
Ligo o meu querido British Seagull, coloco meu computador dentro de um saco estanque e fomos direto para o trapiche.
Chegando perto do trapiche, com o motor a falhar, fico tentando não deixá-lo morrer.
De repente, escuto gritos, berros, e quando olho para o lado, vejo uma traineira vindo a toda velocidade de encontro do meu dingue.
Não deu outra, vejo a Rossana a pular com sua bermuda novinha e sua bolsa nas mãos pela proa, e eu com o impacto, sou jogado para baixo da traineira.
Em milésimos de segundos, lembro-me do caso do Lars Grael, e sinto chocar-me com o fundo do barco. Empurro com todas as forças com meu pé e me destancio do casco e do hélice a funcionar com todas as rotações, louca para dilacerar minha perna ou outra parte do meu corpo.
Quando subo à tona, vejo meu dingue sem o motor, a Rossana toda molhada a se debater na água misturada com merda que vinha do bairro do aeroporto, que por azar a maré estava de vazante, e meu computador a boiar.
Vejo a dita traineira indo embora, sem prestar socorro. Berro com todos os meus pulmões todos os impropérios que sabia até ficar rouco.
Todos que estavam no trapiche, já que muitas escunas já tinham voltado de seus passeios, estavam atracadas, viram o ocorrido, tamanha gritaria, deram as costas achando que aquilo não era com eles, ou para não se envolver como testenha, tendo em vista que a traineira de passeio era um deles.
Uma lancha veio ao nosso socorro, pegando nossos pertences e a Rossana.
Eu fiquei que nem um louco a mergulhar em um mar coalhado de coliformes fecais a procurar meu querido motor.
De repente, não mais que de repente, vejo a traineira voltando bem devagar, chegando perto de mim e o “piloto” a pedir mil desculpas. Na verdade ele voltou porque estava fazendo um passeio tardio com turistas, e eles indignados obrigaram o infeliz a voltar.
Falei que meu motor foi ao fundo e que ele precisava me ajudar a encontra-lo. Levou os turistas para o trapiche, voltando em seguida.
Ficamos nós dois a mergulhar sem encontrar, até que decidi voltar ao ZEE para pegar meu narguille com ar comprimido.
Na volta, o dito aprendiz de assassino encontra meu motor, cheio de lama. Fomos ver o prejuízo, um celular perdido, meu motor todo molhado com água, lama e merda, passagem de avião da Rossana todo molhado, quase rasgando e eu com o pé um pouco machucado. Ficamos de nos encontrar de noite para acertos.
A lancha nos leva de volta para o ZEE. Tomamos novamente um banho mais demorado para tirar a “éca” da pele. Vestimos roupas limpinhas, mais perfumados que nunca e voltamos a remo para nosso tão esperado café.
De noite encontramos o irresponsável acompanhado de um primo com medo de levar uma sova. Acabou ele pagando sómente o celular e ficou por isso.
Essa é a Rossana, minha amada companheira que não desiste nunca. Passando por mil situações, aventuras, alegres ou tristes, mas sempre do meu lado.
Como certa vez em que ancorados no Canal de Bertioga onde fomos assaltados com revolver na cabeça. Mas isso é para ser contado outra hora. Abraços.

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Diário 21-10-2010


Sub séde Iate Clube Paranagua- Ilha da Cotinga


Ainda estou em Paranaguá, esperando o Newton livrar-se da sua empresa. Ficou combinado de sairmos amanha, com ele ou sem ele.
Ontem, depois de eu ter mergulhado para achar a poita do “Frankenstein” que estava perdida, fizemos um churrasco na Cotinga, onde convidamos mais dois amigos do Newton para irem navegar conosco.
Os dias foram mais ou menos, com alguns dias de chuva e outros nublados, impedindo de fazer qualquer trabalho de pintura fora do barco.
Como já estou aqui por mais de uma semana, acabei ligando o automático (rotina), deixando de raciocinar direito, ficando com poucos neuroneos a trabalhar.
Tenho dois sistemas de energia de 220v a bordo que ligo em uma rede de sete tomadas. Um é o gerador de 2Kva e outro um inversor DC/AC de 300w.
Quando um está trabalhando, o outro não pode estar ligado também, que poderá ocorrer a queima do menor.
Pois bem, na noite passada liguei o gerador e fiquei a trabalhar no computador, quando percebi que apesar da tomada do computador estar ligado na tomada, não estava carregando a bateria do computador. De súbito, levanto-me sem raciocinar o porque do mal contato, ligando o inversor, esquecendo que o gerador, apesar do barulho, estava também ligada na rede. Não deu outra, ouvi um barulho.......puf.....quando me dei conta já era, fiquei sem o inversor.
Não preciso dizer que fiquei muito brabo comigo mesmo.
Por sorte, hoje o dia amanheceu ensolarado, indo para a cidade comprar um inversor.
Nestas viagens, sempre temos a sorte de conhecer pessoas carismáticas, simples, que todos gostam.
Um deles que conheci aqui em Paranaguá, foi ainda nos tempos do Bruma, meu primeiro veleiro de oceano.
“Seu Sebastião” morava na Ilha da Peças, hoje já falecido. Muitos o conheciam por “Ipojucam”, nome da sua embarcação, um baterão a motor que ele ia a Paranaguá buscar mercadorias para seu mercadinho que mantinha nas Peças. Vendia camarões, peixe e gelo.
No mercadinho, mantinha um rádio VHF com boa antena, pegando do Bom Abrigo até a Ilha da Figueira, e praticamente todo o interior da baia de Paranaguá.
A grande maioria dos navegadores da época o conheciam, pois ele estava das seis horas da manha até as dez da noite colado no rádio informando aos nautas se a maré estava de enchente ou vazante. Ele era uma ponte entre embarcações, quando não era possível o contato entre os barcos, ele ficava no meio da fonia passando os dados desejados.
Outra pessoa especial é o “Seu Pedro”. Funcionário antigo do Iate Club, vivendo na Sub Sede da Cotinga com sua família.
Sabe tudo de trabalho com embarcações, puxadas para seco, encalhe e outras coisas mais.
Super simples, querido por todos, tive a oportunidade de ve-lo chegar no Iate. Por onde passava se ouvia chamá-lo, todos querendo falar com “Seu Pedro”. Até parece desses missionários, que por onde passa, todos querem estar ao lado..



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Diário 26.10.10
Estou ancorado na Ilha das Cabras, em Ilha Bela.
Saímos no dia 22 no final da tarde, Newton, Dalton e eu rumo Ilha das Peça, chegando já no início da noite.
Dormir na Ilhas das Peças, em uma pequena boca de rio, sempre foi muito agradável.
Hoje já cheio de poitas, obrigando a jogarmos nossa ancora um pouco mais afastado da vila das Peças, mais para dentro do rio.
Colocamos o relógio para despertar as seis da manha, para saírmos aproveitando a vazante da maré.
Ancoramos no Bom Abrigo no meio da tarde de sábado, zarpando a meia-noite rumo Santos.
Pegamos um bom vento sul, chegando em Santos quatro horas da madrugada de domingo.
Já no Bom Abrigo percebi que a batida do motor estava diferente, percebendo que o suporte do motor dianteiro estava com a solda quebrada em um dos lados.
Com a vibração mais forte, o cano de óleo que passa pelo filtro e vai para o motor, começou a vazar. fiz um reparo emergencial com durepox.




O vento sul nos levou até quase a entrada de Santos, obrigando a ligar o motor para chegar. Com essa motorada, acabou quebrando os dois suportes, deixando o motor apoiado no fundo do casco do barco. Com muita sorte, não quebrou nem empenou o eixo da caixa.
Paramos ao lado do posto de combustível que fica ao lado do Iate Clube Internacional.
Newton e Padua seguiram para Curitiba, e eu sai para comprar o cano de óleo e procurar um soldador.
O Iate Clube fecha na segunda-feira, ficando sómente o vigia e um porteiro.
Consegui comprar o cano de óleo e o vigia é mecânico, fazendo agentileza de pegar um aparelho de solda da oficina do Iate, soldando para mim.
No final da tarde o motor já estava no seu lugar, pronto para me levar até Paraty, que Deus me ajude.
Saí de Santos cedo, pegando um vento sul moderado de manhã e de tarde muito forte, que me levou até Ilha Bela, chegando antes do anoitecer. Canal de ilha Bela

Relampago
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Diário 28.10.10 Iate Clube de Ilha Bela

Vou comer meu “cuz-cuz”, estou em Paraty. Sempre que estou aqui, é fatal comer doce cuz-cuz feito de sagu com coco.
Finalmente pego sol, apesar de bem cedinho de manhã estar frio por causa do vento sul que se abateu estes dois ultimos dias.
Sai de Santos oito horas, com vento fraco sul de manhã e a tarde um vento forte que me levou até Ilha Bela muito rápido, apesar de chegar na boca da barra já no final da tarde com o tempo fechado, correndo onda, chovendo um pouco, sem ver nada.
Entrei na barra utilizando o meu pequeno GPS Garmin que apresenta um mapa precário apenas para uma ligeira localização.
Encontrando vários navios no meio do caminho entrando barra a dentro, fui levando o barco até o lado sul de Ilha Bela, conseguindo enchergá-la sómente quando estava muito perto dela.
Fui costeando até chegar na pequena Ilha das Cabras para pernoitar.
Acordei cinco da madrugada para agilizar, tendo que ir primeiro até um posto de combustível para abastecer o barco.
Cheguei no posto do Iate Clube de Ilha Bela, com ele fechado, abrindo sómente oito horas da manhã.
Após abastecido de óleo diesel e água parti para Paraty, com a possibilidade de pernoitar no Saco da Ribeira ou Picinguaba.
Aproveitando o máximo de velocidade com o motor e vela, passo Picinguaba por volta de uma da tarde, indo direto para Paraty.
Passo a Ponta da Joatinga já começando a anoitecer e chuviscando um pouco.
Assim que dobro a Ponta da Joatinga, anoitece com uma visibilidade muito precária precisando novamente utilizar o GPS.
Já sem possibilidade de chegar em Paraty, vou direto até a Praia do Pouso, não sem antes de passar por um perrengue por causa dos barcos de pescas, que estavam em um frenesi na pesca do camarão.
No início levei um susto sem saber o que estava acontecendo, haja vista ter encontrado um rebocador na barra a navegar sem um rumo defenido.
Via luzes de todos os tipos, indo em todas as direções, inclusive uma embarcação toda iluminada mais parecendo uma plataforma. Cheguei a pensar em algum desastre com navio petroleiro
Até a hora em que ouvi um berro avisando que havia uma rede na minha frente.
Já estava com uma lanterna forte (oito mil velas) nas mãos, que ligando, consegui ver uma enorme rede formando uma bolsa.
Acabei indo devagar até a Praia do Pouso, ancorando bem distante da praia.
Acordei tranquilo, sem pressa, levando o ZEE para seu destino apreciando a baia de Paraty.
Acabei jogando meu ferro na frente do Iate Clube onde o “Charrua” (Roberto) tem uma poita.
Tranquei o barco e fui com minha canoa para Paraty almoçar no Restaurante Sabor da Terra e fazer algumas compras.
Ilha do Bom Abrigo- É muito difícil encontrar essa ilha sem pescador. Por sorte, em viagem com a Rossana, encontramos ela vazia, sem uma alma sequer.
Aproveitando a ocasião, ficamos como Adão e Eva, em um momento único, singular, onde aproveitamos toda a natureza como ela merece.
Na sua pequena praia, existe uma canalização de água que vem do morro, possibilitando um gostoso banho de água doce.
Já com o “Argus”, na minha primeira viagem em solitário, me vi em maus bocados, quando uma tempestade se abateu por volta das dez da noite.
Quando vi, olhando pela janela, achei estranho ver todos os barcos de pescas a sair ao mesmo tempo. Quando olhei mais detalhadamente, vi que meu barco estava a dar marcha a ré por causa do forte vento que batia, indo direto para as pedras.
Sai mais ligeiro que um gato da cabine ligando o motor, saindo para o meio do canal arrastando a ancora. Assim que levanto a ancora, bate uma chuva com raios e trovões, sem tempo para fechar as janelas.
Com uma noite feito breu, volto para o “abrigo” conseguindo sómente enchergar quando um raio iluminava o céu. Chego perto dos barcos de pescas e fico a motor no meio deles por meia hora até que a tempestade acalmace.
Assim que o vento acalmou, joguei novamente o ferro, muito ruim diga-se de passagem e só fui dormir por volta da uma da madrugada depois que enchuguei o interior do barco.
Uma lembrança muito agradável de quando estive por aqui, foi por causa do rádio VHF.
VHF é triste. Na grande maioria, as pessoas não sabem como utilizá-lo, berrando, chingando, falando entrecortado, é horrivel e atualmente sempre deixo desligado.
Mas, como falei acima, uma, não, por mais de duas vezes, tive o prazer de ouvir a operadora de rádio da “Marina Cananéia”.
Sua voz chegava aos meus ouvidos como um veludo, límpida, suave, o qual tive oportunidade de trocar algumas palavras e inclusive ela facilitou uma ligação via rádio com minha casa.
Outra pessoa que ficou na lembrança foi o “Ipojucam”, Seu Sebastião, que modulava muito bem.

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Diário 30-102010
Chegando em Paraty


Chegando em Paraty, fui direto me encontrar com o Roberto, dono do veleiro “Charrua”.
Antes da viagem já estávamos nos comunicando de falarmos em Paraty. O barco dele fica em uma poita na Marina Farol de Paraty.
Chegando perto, perguntei onde poderia ancorar o barco e ficarmos o mais próximo possível.
Lugar definido, uns cem metros à frente da linha das últimas bóias da Marina, joguei minha âncora.
Fizemos uma janta no ZEE e colocamos nossos papos em dia.
No dia seguinte, logo de manhã, vejo um catamarã a sair um pouco distante do ZEE.
De repente, veio a lembrança de um catamarã que conheci em Jurerê, feito em Brusque pelo Giba. Pego meu binóculo e por surpresa era ele mesmo.
Começo a acenar para que eles, anconrado perto de mim. Vou até o barco deles e contaram suas histórias e de como estavam.
De repente, não mais que de repente aparece um bote inflável com dois marinheiros que trabalham para a “Marina”.
Educadamente e meio cabisbaixos, vieram dar o recado que foi mandado pelo “administrador” da “Marina”, que eu estava muito perto das bóias e que foi solicitado para que eu tirasse o barco de onde estava e colocasse mais para fora.
Perguntei se no meio da baia estava bom para eles, e que mesmo que eu tivesse ancorado onde tivesse espaço entre as bóias eles não poderiam vir me interpelar, ainda mais que eu estava a cem metros fora da área das bóias da “Marina”.
Eles concordaram, mas que eram empregados e tinham que dar o recado. Ok, falei que não estava ali para fazer confusão e que tiraria meu barco e colocaria um pouco mais para fora.
Assim que o Giba foi embora, tirei meu barco de onde estava e coloquei um pouco mais afastado.

Isso é a mesma coisa em se tratando de carro, onde um dono de estacionamento, em um determinado local, manda seus empregados a abordar os carros que estacionam nas ruas ao lado informando que não poderiam estacionar porque é perigoso.
Tendo que ir ao centro, primeiro vou até o Ricardo indagar de quem era aquelas bóias e quem era o dono.
Agora vem o pior.........resposta........é da Marina Farol de Paraty e o dono é o Ricardo.......”ARGENTINO”......me abstenho de falar qualquer coisa.
Indo fazer minhas compras me dou conta que não trouxe dinheiro. Tenho que voltar.
Neste momento, voltando, venho a falar com meus botões......Só falta alguém vir me falar que eu só me meto em fria. Bom, é para isso que a gente tem que se superar.
Poderia responder que seria fácil para mim comprar uma passagem no navio de passageiros ‘” Eugenio C’ e ficar de papo para o ar, descansando em uma cadeira com uma cerveja na mão e vendo o infinito do mar. Mas isso não é para mim, gosto de passar por encrenca mesmo, superar, e ir adiante vendo que existe coisas lindas para se ver com os próprios esforços.
Quanto ao Ricardo (hermano) vivendo no mundo cão, agradeço a Deus por não fazer parte da vidinha dele.
Voltando para o barco para buscar dinheiro, passo primeiro por um veleiro (Alma de Mestre) e pergunto por quanto tempo ficariam por ali, ancorados na frente de Paraty.
Informaram que iriam sair logo e que o “Curumim” do Juliano ficaria por ali, já que ele mora no barco. Por coincidência ele estava vindo de bote para o barco, que estava ancorado ao lado.
Pergunto para ele se ele ficaria ali por uns dias, e que eu gostaria de trazer meu barco também para deixar na frente de Paraty e que precisava ir até o Rio de Janeiro de onibus para buscar a Rossana.
De repente ele olha para mim e pergunta se eu não sou o dono de um barco de aço de dois mastro. Falo que sim, ele mais surpreso que eu, disse que foi no meu barco que deu a primeira velejada da sua vida. Super contente com o encontro, vou até o meu barco para trazê-lo para mais perto de Paraty.
Juliano fez uma saborosa macarronada a bordo do ZEE, contando suas histórias e de como comprou o “Curumim”. Essa é a vida. Giba e Esposa


Catamaram do Giba


ABRAÇOS, novas publicações seram sempre na seguencia da data.



Serra do Corvo Branco-SC

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esse serra liga Urubici-SC com o Litoral, uma descida muito alta,perigosa, vale apenas conhecder, um lado lindo da natarureza

O trio da Aventura

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Erico,De Paris e Mauro, 450 km de pura aventura no municipio de Urubuci-SC

Descida da Serra

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Foi uma aventura, essa descida, em marcha encrenada na primeira marcha e pé no freio, uma loucura, mas valeu apena.,estavamos em três veiculos estilo espriter-motor casa, uma viagem que marcou na nossas mentes,

5º Evento Rodamundo

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Local CTG-os Praianos São José.