quarta-feira, 16 de abril de 2008

Diário de Bordo Catamarã Acallanto

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VIAGEM À SALVADOR – BAHIA

DESTINO – SANTA CATARINA

PRÓLOGO


Iniciaremos nossa viagem na cidade de Salvador – Bahia, com destino final à cidade de São Francisco do Sul – Santa Catarina. Estaremos à bordo do Catamarã Acallanto,
uma embarcação de 41 pés, modelo Indiana, com quatro camarotes e dois banheiros, equipado com dois motores Volvo Penta, modelo 20 – 20, mastro de 17 metros de altura, para vela grande e duas genoas. Como equipamentos de navegação, o barco possui dois pilotos automáticos, de 60 e 40, quatro placas solares, 1 gerador eólico, radar com alcance de 16 milhas, um GPS equipado com carta náutica da costa do Brasil e um rastreador por satélite, cedido pela empresa Jabur Sat, com a ingerência direta da Opentec, na pessoa de seu diretor Ricardo Alexandre Felipe Alves. A nossa tripulação inicial é formada por ERICO NEVES, 61 , comandante e velho lobo do mar; morou em um veliero por tres anos novegou a costa brasileira , vice campeão de vela oceanica SC-14 volta a ilha de Santa Catarina, recreio e regata,GETULIO JOSÉ MATTOS DO AMARAL, 54, proprietário do catamarã , médico e navegador; ANA MARIA CALSAVARA DO AMARAL, 50, proprietária do Catamarã e navegadora, TATIANA AMARAL, 12, estudante; ALEXANDRE JOSÉ MATTOS DO AMARAL, 50, mestre de navegação e empresário nautico, LIGIA , 40, navegadora ; JOSÉ MANOEL DO AMARAL, 59, marinheiro de máquina e advogado. Dias depois, vieram fazer parte da navegação, GETULIO FILHO, 26, velejador e médico; ANA CALSAVARA AMARAL, 23, estudante.
Durante o nosso percurso, desembarcaram os tripulantes Alexandre, Aninha e Ligia, permanecendo os demais. A nossa narrativa será de linguagem simples e objetiva, abordando o dia a dia da tripulação, as condições diárias da navegação bem como as condições climáticas. A nossa viagem será acompanhada por nossos amigos através da internet. Navegaremos em águas baianas, pela Baía de Todos os Santos, Morro de São Paulo, Baía de Camamu, Ilhéus, Porto Seguro e Abrolos, desbravando cada local desses paraísos, e, depois, colocando a proa do nosso catamarã em direção ao Sul. Está será uma aventura bem planejada. A partir de agora, embargue no Catamarã Acallanto, como tripulante, e viaje conosco, velejando pelos mares do Brasil. Que Deus nos acompanhe e Netuno nos brinde com mar de almirante.





A VIAGEM

No dia 22 de novembro de 2007, às 5:50 da manhã, embargamos no aeroporto de Londrina – Paraná, em vôo da TAM, com destino final na cidade de Salvador – Bahia, cuja chegada foi às 12:00 locais, ou seja, 13:00 de Londrina. Embargamos em um táxi Zafira, com excesso de bagagem, que nos conduziu direto para o Iate Clube da Bahia, lá chegando por volta da 14:00 horas. Após sessão de fotos,
já em contado com o antigo proprietário da Embarcação Acallanto, Sr. Jaime, ele nos deu posse e comando do barco, cuja tripulação, naquele momento era constituída do proprietário – armador Getulio José Mattos do Amaral, a esposa Ana Maria Calssavara do Amaral, e filha do casal, Tatiana C. do Amaral e José Manoel do Amaral. No primeiro momento, o barco nos foi mal apresentado pelo apressado ex-proprietário, sendo que na mesma tarde, foi realizado os serviços de despachante aduaneiro, Ana Maria foi às compras, para abastecimento da cozinha, nos preparando para navegarmos pela Baia de Todos os Santos. No mesmo dia, às 21:00 horas locais, recebemos o restante da tripulação, constituída de Alexandre José Mattos do Amaral, Erico Neves, comandante da embarcação e navegador, e a esposa Ligia Neves.
Após as apresentações de praxe, a tripulação ficou constituida de sete pessoa, todos experientes navegadores, inclusive a pequena Tatiana, de 12 anos, vêz que convive com o mar deste a primeira infância.
A primeira noite, passamos fundeados no Iate Clube, e na manhã seguinte, seguimos para a Bahia Marina, e, lá já ficamos atracados em píer.

23 de novembro de 2007

Segundo dia, atracado no pier, foi dia de reconhecimento do catamarã, compras de mais viveres e peças necessária, por sinal poucas. Parte da tripulação foi conhecer o Elevador Lacerda e o Pelourinho. O dia passou sem maiores alternanças, porém com muita paz de espírito e tranqüilidade à bordo. Barco abastecido de água, óleo diesel e gasolina. Após um belo jantar, dormimos a segunda noite à bordo, ansiosos para no outro dia nos liberar dos amarras que nos prendiam ao atracadouro e zarparmos rumo ao desconhecido, para nós. O primeiro destino seria a Ilha de Itaparica à 12 milhas náuticas do nosso ponto.

24 de novembro de 2007

Zarpamos às 12:00 horas, e navegamos por 12 milhas náuticas até a Ilha de Itaparica, e, fundeamos perto do Iate Clube de Itaparica. Final de tarde e noite agradável, tivemos a nossa primeira noite de sono, fundeados ao largo.

25 de novembro de 2007

Domingo, nublado, reunimos a tripulação e fomos à ilha, Assistimos missa, ao som do atabaque, em uma igreja do século XII e depois fomos comer acarajé em uma praça central da cidade,
completando o roteiro gastronômico no bar do Negão,
com casquinhas de siri à vontade. No período da tarde, começamos o nosso passeio náutico pela Baia de Todos os San tos, começando pelo local denominado Fonte do Tororó, imortalizada pela musica de Dorival Cayme. na Ilha de Mangaratiba, que é uma bica de água muito gostosa, perto da ponte do Funil, que liga a ilha à Salvador. Nesse dia pernoitamos fundeado neste local. Na segunda feira, dia 27 de novembro, continuamos o nosso roteiro, visitando uma localidade denominada São Francisco,
onde interagimos com os ribeirinhos, que nos venderam camarões e casquinha de siri. Nesta noite jantamos 3 quilos de camarão ao bafo,
preparados pela Ana Maria. No local, muito bonito, existe um Convento Franciscano do século XII, na embocadura do rio Paraguaçu. Retornamos à Salvador, porque o Getulio e o Alexandre tiveram que retornar à Londrina, no dia 28 de novembro e 2007. Nesse dia, ficamos fundeados ao lado do Iate Clube Bahia.

29 de novembro de 2007

Nesse dia, de manhã, retornamos ao nosso roteiro pela Baia de Todos os Santos, navegando em direção à Ilha do Frade,, onde encontramos, até o presente momento o lugar mais bonito de toda a Baia, local paradizíaco ao lado do Ilha de São Bom Jesus. Passamos a noite fundeado, e, de manhã, o cabo do acelerador do motor de boreste se rompeu, obrigando-nos a retornar à Salvador para os devidos reparos. Ao sairmos do fundeio, infelizmente, subimos em um banco de coral,
e, o catamarã encalhou, felizmente, com a maré vazia. Enquanto aguardávamos a maré subir, (seis horas), compramos de um pescador local, 3 vermelhos, peixe típico da região, e o Erico, fez uma caldeirada de primeira. Chegamos à Salvador, às 20: e 00 horas, e fundeamos no local de sempre .

Dia 30 de novembro de 2007.

Ficamos fundeados durante todo o dia. Houve a troca do cabo do acelerador, e a Ana Maria e a Ligia, saíram às compras, e só chegaram pelo final da tarde. No outro dia, 31 de novembro, o Get, (Getulio Filho), chegou de Londrina,
integrando a tripulação até o destino final. No mesmo dia, zarpamos rumo `Ilha de Itaparica, onde, no domingo, assistimos à Santa Missa. Retomamos o nosso roteiro, a partir da Ilha de Itaparica, visitando os mesmos locais e outros que por nós ainda não eram conhecidos. Navegamos dia um, dois, três e quatro de dezembro de 2007,
com a maior tranqüilidade,
e hoje, 4 de dezembro de 2007, conhecemos o porto de Aratu, a marina do mesmo nome, e o complexo petrolífero de Suape, na Ilha da Maré. Neste momento, 21:00 horas estamos fundeados na Baia de Aratu, protegida pela Ilha da Maré, em frente à uma localidade pesqueira denominada Cabota.
Todos este quatro dias, tivemos bastante sol,e muito banho de mar, além de excursões com o inflável. Comida e bebida a bordo nunca faltam, uma vez que a Ana Maria, cozinheira de bordo, aprendeu a fazer deliciosa tapiocas, por sinal muito farta. Até o presente momento já navegamos 216 milhas náuticas. A Baia de Todos os Santos, para nós, já é nossa conhecida, sempre a bordo do CATAMARÃ ACALLANTO.

Mapa da Baia de Todos os Santos, com as nossas rotas marcadas e navegadas, pelo Comandante Erico.

DIAS 5 E 6 DE DEZEMBRO DE 2007
Dias 5 , aguardamos o Getulio e a Aninha, chegar de Londrina,
fundeados ao lado da Marina Bahia, em Salvador. Almoçamos à bordo,e a tarde, depois do tradicional mergulho, fomos à terra, e, quando descemos do inflável, eu fui assaltado por descuidistas,e levaram o meu relógio, que já me acompanhava por muitos anos. Fato sem importância. Seguimos para o Pelourinho, para a Aninha conhecer, e às 17,30 horas retornamos à bordo, e às 18:00 horas levantamos ferro e zarpamos , ao lado desse barquinho,
rumo à Camamu, em nossa primeira velejada noturna de 12 horas, com vento de través,, passando POR PROFUNDIDADE DE ATÉ 1.600 METROS, E A APROXIMADAMENTE 30 MILHAS DA COSTA. Às 6:00 horas da manhã aportamos na boca da barra de Camamu, dia 6 de dezembro, A velejada foi tranqüila, com Erico, Manoel e Get, revezando-se no comando da embarcação. No mesmo dia, rumamos para o interior da baia de Camamu, em direção à cidade de Maraú,
colocando a nossa proa em direção à Cachoeira do Tremenbé,
chegando por volta da 14:00 horas, após uma navegação com muito cuidado, marcando todos os way point no GPS, pois é dentro do Rio Maraú, com inúmeros labirintos. Chegando fomos gentilmente recebidos pelo proprietário da Ilha Veneza, o Nilton,
por coincidência, catarinense de Chapecó, e, as 19.00 horas fomos jantar em seu restaurante, comida típica da região,
servindo uma caldeirada de Pitu, que é uma espécie de lagosta de água doce. Fundeamos em frente à cachoeira, que é muito bonita e bem de frente com da ilha. Passamos a manhã toda debaixo da cachoeira.
Todos os tripulantes, com exceção do Erico, que para compensar a sua falta de banho de cachoeira, resolver dar um banho no Catamarã Acallanto Como fala o adágio popular :SOMBRA E ÁGUA FRESCA.

DIA 7 DE DEZEMBRO DE 2007

Hoje é dia de aniversário à bordo, o primeiro por sinal, e a aniversariante é esposa do Comandante, a LIGIA,
gente fina. Logo de manhã, cantamos o tradicional parabéns à você, e, ao final do dia , no tradicional café das cinco, repetimos o PARABENS À VOCE, dessa vez, com bolos, fotos e refrigerantes, conforme determina uma grande festa. Finalmente foi a primeira festa à bordo, e tinha que ser comemorado à rigor.
Sentimos que o astral a bordo melhorou consideravelmente, com a Aninha, Tati e Gete muito felizes .Neste momento estamos ainda fundeados, aguardando o almoço preparado pela Ana Maria, com muito carinho. Pretendemos zarpar até às 13:00 horas, rumando para a barra da Baia de Camamu, despedindo-se desse verdadeiro paraíso. O Brasil tem muitas belezas naturais , que merecem ser conhecidas e exploradas.
Chegamos por volta da 18.00 horas , à boca da Baia de Camamu.FOTO Fundeamos, jantamos, e nos preparamos para descansar, pois o outro dia vai ser de pauleira no mar, porque o tempo está virando e velejaremos rumo ao norte, com vento nordeste pela proa.



DIA 8 DE DEZEMBRO DE 2007

Levantamos com o crepúsculo, às 4.50 horas. Manhã nublada em ventos nordeste forte. Antes do café, levantamos ferro e zarpamos rumo à morro de São Paulo, ao norte em navegada de 40 milhas náuticas, Tivemos vento , varaiando entre 30 nós por hora, a 10 nós, sempre de proa, Motoramos por mais ou menos 20 milhas, e o resto do percurso usamos vela e motor. Durante a navegação passamos por duas plataformas de petróleo. O mar estava bastante encarpelado, com ondas de aproximadamente 2 metros. O almoço foi à bordo, com o mar turbulento e a tripulação fazendo contorcionismo para almoçar. Chegamos às 17,00 horas em Morro de São Paulo. Fundedos na praia da Gamboa, no Morro de São Paulo, em frente ao terminal de atracação de barcos que fazem a travessia para Salvador e Valença. O fundeio foi dificil, devido ao tipo de fundo, e também porque o local está cheio de bóias para atracamento da embarcações locais.
Tivemos um pequeno contra tempo mecânico, com entrada de água no tanque de combustível de bombordo, que ficou resolvido até à 22 horas. Como de praxe, fomos dormir por volta da 23:00 horas. Por esse dia é só, uma vez que só velejamos.

DIA 9 DE DEZEMBRO DE 2007

Velejamos até a barra do Morro de São Paulo, a procura de combustível e água. Navegamos em direção ao local denominado Curral, onde existe um ancoradouro, `a margem direita do canal.
O local é bastante atrativo, inclusive com vários ônibus de turismo. Não descemos em terra, porem decidimos astear a bandeira do Catamarã, com os tripulantes em posição de sentido, ao som do apito naval do Comandante Erico.
Em comunicação com o pessoal em terra, tivemos a informação que só existia reabastecimento em Valença. Decidimos navegar para lá, e encontramos uma bonita baia, com muito movimento de embarcações, que levam e trazem passageiros. Lá chegando encontramos logo um posto de abastecimento, e enchemos os tanques de óleo diesel e água. Depois fizemos uma incursão pelo rio, até o centro da cidade, que é bem típica,
observando o pequeno porto de embarcações pequenas que navegam de Valença á Morro de São Paulo. Bastante interessante. Navegada de aproximadamente 10 milhas. No retorno, resolvemos fundear na Praia do Galeão, local bonito e animado, onde possui restaurantes e muitos barcos de turista atracados.
Escutamos musica a tarde toda, com o som vindo dos barzinhos em terra. Na chegada, Aninha e Tati já pularam na água, mas. De tão feliz, a Aninha, resolveu, através da Fé,andar sobre as águas abençoadas da Bahia enquanto o Tulho, alheio à este passeio, preparava o churrasco, que foi literalmente devorado, pois já era 4 horas da tarde. Depois, os dorminhocos de bordo foram tirar a famosa siesta. O local é agradável, por isso resolvemos passar a noite. Neste momento a família unida joga unida. A viagem transcorre em harmonia e calma. A bordo reina a paz. Sempre rezamos e agradecemos à Deus a boa viagem.

DIA 10 DE DEZEMBRO DE 2007

Hoje fazem 18 dias que navegamos pelas águas da Bahia. Dia do aniversario do nosso ex-tripulante, o Xucão, ,entre o Erico e o Manoel,
que infelizmente não está conosco, senão seria o segundo aniversariante à bordo, o que significaria mais bolos da Ana Maria e festas, e logicamente mais cerveja, pois nos cinco dias que permaneceu à bordo, junto com o Manoel, consumiram 90 latas de Skol. O dia amanheceu muito nublado e chuvoso. A nossa tripulante Ligia, amanheceu muito mal. Houve decisão dela e do Erico, em desembarcar, por que daqui para a frente a navegação vai piorar, uma vez que enfrentaremos mar alto e navegação noturna. Decisão tomada, Aninha e Ligia viajam amanhã, respectivamente para Londrina e Florianópolis. A tripulação, com exceção do Comandante Erico que ficou à bordo, em comum acordo, rumaram para uma excursão turística pelas praias do Morro de São Paulo. São quatro praias, todas muito bonitas e com característica de todas possuírem piscinas naturais e águas muito quentes
Almoçamos um laudo almoço em um restaurante típico da região
Após o almoço, a turma toda retornou ao mar, com um sol de mais de 35 graus. Conhecemos a cidadezinha de Morro de São Paulo, que é muito simpática e hospitaleira, com o povo bastante cordial
À 17:OO horas retornamos ao Catamarã, e o Erico foi nos buscar na praia com o barco inflável. Foi um dia realmente cansativo. Estão todos bastante esgotados.





DIA 11 DE DEZEMBRO DE 2007

DIA de desembarque da Aninha e da Ligia. Todos acordaram muito cedo com o intuito de curtirem mais um pouco as delicias das praias de Morro de São Paulo. Mas, São Pedro mandou muita chuva, e, mesmo assim, os animos não esfriaram. A tripulação foi em terra, menos a Ligia e Erico, e, aja chuva. Conhecemos o Forte,
depois praia e chuva, à 8:00 horas da manhã. Resolvamos comer pasteis em uma barraca de praia, debaixo do guarda sol, e chuva, fria, mas boa.
Por volta da 10:00, retornamos ao barco, para as despedidas de praxe. Ana foi às compras, almoçamos, e às 14:30, levantamos ferro, zarpando rumo à Ilhéus, que fica a 70 milhas de distancia . A tarde foi de navegação, com direito ao já famoso café da tarde. Jantamos, e escalamos turnos de navegação, ficando Manoel e Erico, a partir da 20:00 e Getulio e Get a partiir da 22:00, a cada duas horas de revezamento. A madrugada chegou, e nos deparamos mais uma vez com céu, vento e mar. Madrugada fria, intercalada com chuva. Cruzamos em pleno oceano com um navio de passageiro, à 5 milhas de distancia, à bombordo. Totalmente iluminado. Bela visão. Às 7:00 estavamos em frente à Ilhéus, já dia 12, nos preparando para fundear no Iate Clube de Ilhéus.

Dia 12 de dezembro de 2007

O dia amanheceu majestoso. Astral à bordo em alta.
Navegada durante a madrugada cansativa mas gostosa. Experiência nova e excitante. Navegação puramente por instrumentos GPS, Radar, monitoramento via satélite (cedido por Jabur Sat, com interferência de Felipe)
e busula magnética. Navegação absolutamente segura.




O Erico é bastante experiente e nos transmite muita confiança, além de ser um excelente companheiro. ÀS 8:00 APORTAMOS no Iate Clube de lheus, terra de Gabriela, Nacib, Coronel Ramiro Bastos, nequinho Tuisca, Jerusa, Mundinho Falcão, e todos os demais personagens do mundo criativo de Jorge Amado, que descreveu em ficção a Ilhéus dos anos 20, do século XX. Descemos em Terra, e fizemos uma pequena excursão pela cidade.
Conhecendo os lugares onde estes personagens fictício viveram, porem, os edifícios verdadeiros. Bar Vesúvio, Igreja Matriz, Boate Bataclã, Hotel que recebia ao mulheres Damas vindo Bahia, como se chamava no Romance Gabriela Cravo e Canela. Passeamos pelo comércio, e retornamos ao Iate Clube, onde degustamos um Laudo almoço, composto por 3 suculentos filés e bebidas. Retornamos ao Acallanto, e às 15:00 liberamos as amarras que nos prendia em terra, mais uma vês partimos para enfrentarmos 118 milhas náuticas com destino final em Porto Seguro. Que Deus e Nossa Senhora nos acompanhe nesta velejada, que vai entrar madrugada à dentro. O vento esta calmo, e estamos com a vela grande e a buja pequena desfraldadas, contando ainda com a ajuda do motor. A temperatura é 27 graus centigrados e nossa velocidade de 6 nós. Neste momento o relógio registra 18:24 locais. Estávamos concentrados em nosso afazeres, quando o médico mor da navegação, (pescador) teve a sua RAPALA (isca artificial) agredida covardemente por uma desavergonhado peixe, que ao abocanha-la, sentiu que a qualidade não iria satisfazer o seu apurado paladar, e, apenas abocanhou, mordeu, torceu, esticou, e, depois, depois de uma grande expectativa à bordo, simplesmente rejeitou o apetitoso petisco, sendo que assim, se foi o jantar. Mas, se não fosse a D. Ana Maria, nos ficaríamos sem janta. Conclusão: não sabemos se o problema foi da tal rapala ou da embocadura do peixe Depois dessa odisséia marítima, jantamos, e cada par de marujos começou a assumir o seu turno de navegação da madrugada

Dia 13 de dezembro de 2007

MADRUGADA : Os turnos começaram com Manoel e Erico, e foi até às 22:00, sendo após rendidos por Getulio e Get, até às 24:00. O motor de bombordo já há dias apresentava problemas de aquecimento, e no turno da 00:00 hora, o sinal de alerta de aquecimento soou, sendo que foi procedido um rápido reparo e o motor desligado. Na troca de turno, o Comandante estava cansado, e quem assumiu o seu posto foi o Get, junto com Manoel.
Quando o Comandante acordou às 2::00 da manhã, de imediato perguntou sobre o motor parado, e resolveu consertar a bomba de água , com substituição do rotor (peça reserva). Argüido sobre a necessidade do conserto em pleno mar e de madrugada, respondeu sabiamente NO MAR NÃO PODEMOS DEIXAR NADA PARA DEPOIS. (o que pode ser feito hoje, não pode ficar para amanhã). Comandante falou, tá falado. O reparo só ficou pronto ao alvorecer, e o motor de bombordo, triunfalmente funcionou. Trabalho árduo do Comandante Erico e Getulho Filho (Get).
CREPUSCULO; São 10:00 e já estamos, depois de 118 milhas náuticas e 20 horas de navegação, nos preparando para entrarmos na baia de Porto Seguro. Velejada muito boa e tranqüila. Deslumbrante a visão por mar das praias de Porto Seguro, que é protegida em toda a sua orla por arrecifes, visto ao longe. A entrada da barra é protegida por um molhe natural, em linha reta, que se estende por mais ou menos 1500 metros, onde desemboca o rio. Ficamos ancorados no Hotel e Marina Quinta do Porto
onde nós fomos muito bem recebidos. O hotel tem arquitetura parecida com os chalés do Taiti. Decoração aprimorada. Ficamos toda a tarde curtindo a piscina do hotel e suas dependências. É uma base muito boa para quem navega por esta região, porque além de desfrutar da mordomia do hotel, tem ancoradouro seguro para a embarcação. À noite, Ana Maria, Getulio, Get e Manoel, deram um passeio por Arraial da Ajuda, seguindo depois por balsa para Porto Seguro . O interessante é que o hotel oferece Van e Balsa grátis para este traslado. Na falta, existe vans e balsa à R$ 1.50 e R$ 1,25. O movimento em Arraial da Ajuda é muito grande, em barzinhos , restaurante e lojinhas, mas tudo para gringo, já Porto Seguro, o comércio noturno é muito movimentado e popular. Jantamos em um restaurante típico, e as 24:00 rumamos para o hotel/catamarã, e, ainda Manoel e Gete foram para Arraial, mas lá chegando a cidade já estava vazia.

DIA 14 DE DEZEMBRO DE 2007

No período da manhã, todos foram à uma parque aquático, e Manoel e Erico ficaram à bordo, descansaram e almoçaram no hotel. Manhã sossegada. Às 14:00 o pessoal chegou do passeio, e, a embarcação já estava pronta para zarpar. As 15:30, já estávamos na saída da barra, enfrentado mais uma vez a navegação à vela. Navegamos até ao anoitecer, jantamos, e começamos a fazer os turnos de navegação noturna. São 93 milhas náutica, até Abrolhos, que tem que ser vencidas até às 6:30 do dia 15. Já no inicio da noite, tivemos um vento nordeste, bastante favorável para a nossa velejada, pois estamos navegando em direção ao Sul, e o vento nordeste sobra na popa da embarcação. Esse vento nos levou noite a dentro, até a madrugada, com velocidade em torno de 7.5 nós. Fizemos 50 milhas só no vento de popa.

DIA 15 DE DEZEMBRO DE 2007

Como já foi narrado, a velejada de vento em popa, é boa e rápida, e, assim seguimos por 50 milha, até às 3:00 da madrugada. Mais uma vez, na troca de turnos, o Erico ficou repousando, porque não o chamamos. Motoramos depois, devido ao vento que ficou muito fraco. Quanto estávamos à 31 milhas de distância de Abrolhos,
o Getulio avistou o farol de Abrolhos. Apesar da navegação noturna ser baseada totalmente em instrumentos, o farol, acesso no meio do nada, é uma tranqüilidade e segurança ao navegador, pois a rota fica muito mais segura. Já começando a amanhecer, o vento mais uma vez entrou e chegamos à Abrolhos velejando. A visão é simplesmente deslumbrante, pois no meio do oceano Atlântico, depois de uma velejada noturna, depararmo-nos com aquelas ilhas oceânicas e o farol que nos orientou, é realmente emocionante. Às 6:30 fundeamos em uma bóia da Marinha, em frente à Ilha de Santa Bárbara, sede do Ibama e da Marinha, no arquipélago, onde se localiza o farol. O comandante Erico, entrou em contato com o Sargento Gonzaga,

comandante da guarnição do farol, que gentilmente nos franqueou a entrada à ilha, que é proibida à visitação. O pessoal do Ibama, na pessoa da guarda parque Dona Bernadete e a estagiária de biologia, Marina,
vieram à bordo, nos dar orientações quanto ao uso das ilhas, nos franqueando a visitação. Fomos, primeiramente à um mergulho nos corais
, e, às 10:30, dirigimo-nos ao ilha do farol, sendo recebidos muito gentilmente pelo Sargento, que nos mostrou todas as instalações da base da Marinha, culminando com a visitação ao farol. Subimos até o topo, onde se localiza as lentes, que nos avistamos na madrugada. O Farol foi construído durante o reinado de D. Pedro II, em 1861
, e até hoje funcionada perfeitamente, sendo suas lentes de cristais franceses ainda daquela época. A construção ficou à cargo de uma empresa inglesa. A estrutura é toda de ferro doce com o revestimento interno em madeira para amenizar o calor, pois na época o foroleiro morava no próprio farol ,hoje extremamente bem conservada. Como na ilha não posssui água potável, as construções são todas feitas para recolher água da chuva, sendo que é armazenada em cisternas de 30.000 litros e bombeadas para as caixas para uso domésticos. A ilha é também um centro metereológico da Marinha,
que repassa as informações, a cada 3 horas para o centro metereológico do Rio de Janeiro. Fato interessante, é que todos as embarcações de grande porte são rastreadas pelo sistema transponder por GPS, e, como nos informou o Sargento, isto é uma determinação da Marinha, por solicitação do governo americano, após 11 de setembro, para fiscalização e conhecimento total do trafego naval. Informa todos os dados da embarcação. No momento em que nos demonstrava o funcionamento do sistema, captou nas nossas imediações uma navio que não possui maiores detalhes, porém com destino ao Rio de Janeiro,sendo que de imediato é informada uma Base no Rio
de Janeiro, que ao atracar é imediatamente fiscalizado e cadastrado. Caso contrario, a embarcação não pode navegar em águas norte americanas. Após o almoço, o tempo ficou muito fechado, mas assim mesmo, a estagiária do Ibama (Marina) no acompanhou à uma visita Siriba, que é viveiro natural dos Atobas É interessante e curioso, um pequeno cemitério que existe na Ilha Santa Bárbara, bem no local de desembarque, à nossa direita, em baixo de uma grande depressão de pedra. Em meio à folhagem nativa, um pequeno cercado de balaustre de menos de um metro de altura, pintadas de branco, e com varias cruzes, pequenas e pintadas de branco, , com inscrições do nome da pessoa, e datas de nascimento e morte.
À noite com chuva, estamos aguardando o jantar, porque dormiremos bem cedo para zarparmos às 3:00 MADRUGADA do dia 16, rumo à Búzios, que se localiza ao Sul, 350 milhas náuticas. Serão aproximadamente 80 horas de navegação.

DIA 16 DE DEZEMBRO DE 2007

No final da noite e inicio da madrugada (16) caiu um forte temporal em Abrolhos (estávamos fundeados), com ventos de até 30 nós, que perdurou noite à dentro, alterando nossos planos de zarparmos à 3:00 horas da madrugada. Dormimos com segurança, porem com a embarcação balançando bastante. Às 7:00 horas , estávamos nos despedindo de Abrolhos , com nossa posição na latitude 17º59 57 e longitude 038 42 603, zarpamos rumo Sul, em direção à Cabo Frio – Rj (S 22 53,5 e W 42 00), com o nosso GPS denunciando a distância de 366 milhas náuticas até o destino, com o tempo estimado de 80 horas de navegação. O tempo esteve estável, porém com ventos muito fracos, em torno de 10 nós, e por este motivo o catamarã esteve com suas velas desfraldadas e os motores funcionando, para que houvesse um deslocamento de 6 nós. A navegação não é costeira, e sim, em alto mar, aproximadamente 50 milhas da costa. Não se avista terra por boreste, que é paralela à costa, pois navegmos em direção Sul. A profundidade média é de 50 metros. Já Cruzamos com um navio à nossa proa à 6 milhas de distância, detectado por nosso radar que emitiu um aviso sonoro, seguindo em direção por nosso bombordo . Fato pitoresco ocorreu no período matutino, quando sentimos um forte tranco na linha de pesca do Getulio, que insiste em pescar um peixe, que estava bem amarrada na amurada da embarcação, inclusive com elástico muito forte para amortecer o arranque, quando a linha e elástico foi arrancado da sua base como se fosse um simples grampo. O pescador, em calculo matemático profundo, avaliou que o espécime fisgado tivesse um peso estimado em pelo menos 300 kilos, pois a sua rapala é apropriada para suportar grandes animais marinhos.

Devido a distância de terra e a curvatura do globo a Ana Maria chegou a brilhante conclusão geo física de que a terra é redonda, uma vez , que no infinito o mar se fundes com o céu.
O dia transcorre com muito sossego, sendo que alguns tripulante, tiram uns cochilos durante do dia, outros jogam, levantam e baixam velas, cozinha, café da tarde, abastecimento de combustível, enfim , tudo na paz e bastante segurança, com toda a instrumentação eletrônica em funcionamento. Este é o primeiro dia de uma grande travessia, inclusive com a mudança de horário da Bahia para o Sul do Brasil, que é de uma hora a mais. Está na hora de acertar os relógios, pois já nos despedimos da Bahia, de onde levamos belas e agradáveis recordações. Nesse momento já estamos em águas do Espírito Santo. Captamos pelas lentes da Sony, um maravilhoso por do sol, à boreste da nossa embarcação, pois o Sol se põe à oeste, portanto, para a terra, de quem observa o fenômeno do mar.

DIA 17 DE DEZEMBRO DE 2007

Estamos navegando nesta madrugada, deste Abrolhos, com destino à Cabo Frio – RJ. Alteramos os turnos da madrugada, de 2 em 2 horas, para 3 horas, pois conseguimos descansar mais. A navegada transcorreu de forma satisfatória, porém, muito nublada e fria. Cruzamos por duas plataformas de petróleo e alguns navios. Esta foi a quarta madrugada que navegamos. Amanheceu, e por volta da da 9:00 horas começou entrar um vento sul muito forte. Na noite anterior o Erico já havia alertado sobre o fenômeno. Vento Sul, para nós que velejamos rumo ao Sul, significa encrenca, pois velejamos de vento pela proa, sendo que o Comandante decidiu aportar em Vitória –Es., devido as condições climáticas, vizando a segurança da embarcação e da tripulação. O dia foi de muita pauleira. Nem conseguimos almoçar. Às 16:00, horário de Brasília, aportamos no Iate Clube de Vitoria . Ao nos aproximar do Clube,prestamos socorro a um rapaz que velejava com wind surf e quebrou o pé do mastro, ficando à mercê do vento sul muito forte. Recolhemos o equipamento e o navegador, que se chama Fernando. Fundeamos e almoçamos às 17:00 horas, feijoada à bordo. Neste dia fomos dormir cedo, pois já estávamos navegando há mais de 20 horas.

DIA 18 DE DEZEMBRO DE 2007

O Iate Clube de Vitória,

é pequeno, mas com infra estrutura completa. Fomos à secretária e ficamos sabendo que a embarcação poderia ficar fundeada na poita e com um vigia. Decidimos prosseguir viajem para Paraty – RJ., distante 380 milhas, e com previsão de chegada dia 21 (sexta feira). Aproveitamos o dia para reabastecer a embarcação de água e diesel, manutenção geral, lavagem do barco, e compras para a dispensa. A noite, Manoel e Get foram à terra, e conheceram o point da cidade, chamado Triangulo das Bermudas, local cheio de barzinhos e boates. A cidade é muito limpa e bonita, e o povo a colhedor.
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DIA 19 DE DEZEMBRO DE 2007

Começamos a navegar às, 6:30 horas dessa manhã, saindo de Vitória – ES, rumo à Paraty – RJ. O dia amanheceu bonito e quente. Navegamos com vento nordeste pela popa . Velejada a mais de 6 nós. Antes do almoço, o Tulho e o Get, finalmente pescaram o primeiro peixe, um dourado de 2 kilos.
Não precisa dizer que virou almoço. Vale uma explicação. Dessa vez, o Tulho comprou linha 200, que aquentou o tranco. Também construíram uma carretilha, que provou que funciona. O vento perdurou durante todo o dia, e hoje só velejamos, sem uso do motor. A tarde, foi perdida mais uma isca artificial. Por volta das 19:00 horas completamos 1001 milhas náuticas navegadas, e graças à Deus, sem um único incidente. O mar está um pouco agitado, com vento nordeste em torno de 28 nós e ondas de mais ou menos 1.30 de altura. Jantamos por volta das 20:00 horas, e começamos a assumir os turnos de navegação noturna. O vento nordeste começou a soprar mais forte, com a embarcação velejando à velocidade de até 8 nós, e, assim continuou noite à dentro até à 0:00 hora, quanto houve troca de turno, assumindo Manoel e Erico, até às 3:00 da madrugada, já do dia 20.





DIA 20 DE DEZEMBRO DE 2007

Madrugada agitada. Velejada acima de 8 nós, vento nordeste pela popa e mais de 50 milhas (1.852 metros) percorridas durante a madrugada. O mar estava bastante agitado, com ondulações variando entre 1.20 à 2,00 metros de altura. Durante o trajeto, ainda no Espírito Santo, cruzamos por duas plataformas de petróleo, além do navios e pesqueiros. O movimento de embarcações nesta rota é muito grande. O vigia tem que estar sempre atento. Às 3.00 horas da manhã dessa madrugada, houve a troca de turno, assumindo o Getulho e o Get. O vento já vinha soprando mais forte, em torno de 30 nós. Por volta da 4,00 horas, o vento nordeste cessou por aproximadamente dois minutos, e com o se diz na linguagem náutica, entrou um pau de vento, dessa vez, sudoeste, com velocidade de até 44 nós, que segundo a tabela Baufort, força nove (9), vento duro. Para se fazer um parâmetro, ventos com 50 nós, é considerado muito duro, fôrça 10, e 64 nós é vento de furacão. A tripulação estava em sono profundo. A embarcação zingrando as ondas `velocidade de até 9.1 nós, com a bússola marcando 210 graus Sul, com a vela grande e a genoa 2, de vento totalmente enfunadas. O vento sudoeste atingiu o catamarã por boreste, enchendo demais as velas, com ondas de mais de 3 metros. A tripulação do turno, imediatamente cambou de proa para o vento, arriando todo o velame, ao meio da tempestade, e clamou pelo Comandante Erico, que nesta hora dormia e sonhava com a sua Ligia. Comandante à postos, a situação continuou sobre controle, porem com o motores ligados, para enfrentar o mar quase em fúria. A madrugada fria e chuvosa. Neste momento, estávamos cruzando com as plataformas de petróleo , já no Estado do Rio de Janeiro, em frente à Macaé. O transito de embarcações é muito maior que no Espírito Santo. Aqui são 15 plataformas em uma mesma região, navios petroleiros e rebocadores em movimento constante.
As cartas náuticas pedem observação constante. Para completar, o clima estava frio e com bastante chuva e trovoadas. Felizmente o catamarã resistiu bravamente, bem como a sua competente tripulação.
AMANHECEU no dia 20. Continuamos o dia toda com chuva e mar encarpelado. O vento amainou. O animo de todos estava em alta, pois superaram com galhardia os obstáculos. O turno matutino, à partir da 6:00 ficou com Erico e Manoel. O Erico, cansado da noitada, foi recolher-se ao seu camarote, e a navegação ficou à cargo da Ana Maria e do Manoel. Por volta do meio dia, a tripulação começou dar sinais de vida, porque sentiram o cheirinho bom de comida preparada pela Ana. A navegação continuou com bastante chuva, ventos e mar bastante agitado. À Tarde, café vespertino, com banana da terra e outras cositas mas. E São Pedro mandando mau tempo. O café da tarde estava tão reforçado, que parte da tripulação nem jantou, e caiu na cama, só acordando na hora do turno da madrugada. Está é a sexta noite navegada. Surpresa agradável, foi às 0:00 hora, na troca do turno, regada à guaraná e piza, pois esta seria a nossa ultima noite navegada no mar. Continuamos a navegação, completando mais de 40 horas de mau tempo.








DIA 21 DE DEZEMBRO DE 2007

Madrugada do dia 21 de dezembro. Noite fria e chuvosa. Mar agitado. Navegação à vela e motorando. O turno da madrugada foi um pouco modificado, Ficando o Get e Manoel com o turno de toda a madrugada, até às 6:00 hora da manhã. Cruzamos pela cidade maravilhosa, bastante iluminada,porém com a claridade prejudicada pela neblina e chuva. Mas mesmo assim, conseguimos enxergar um ponto bastante alto, que presumimos que seja o Cristo Redendor. Cruzamos com transito intenso de navios, especialmente no final da madrugada, com 3 navios de passageiros. Está foi a sexta e ultima madrugada navegada, da viagem de Salvador até Paraty, nosso porto final. A nossa ultima perna seria o Iate Clube do Capri, em São Francisco so Sul - SC. A dia amanheceu bastante nublado, e logo cedo a tripulação viu um grande cardume de golfinhos que acompanhou o barco. O café da manhã teve banana da terra no cardápio. Isso sim é substância. Neste momento estamos navegando nas imediações da Ilha Grande, inicio da Baia dde Angra, a 6.4 nós. Passamos já pela Restinga da Marambaia, local onde o Presidente Lula costuma descansar de férias. O resto do dia, navegamos pela Baia de Angra dos Reis, pelo lado de dentro da Ilha Grande, avistando a vila do Abraão, o Saco do Céu e outras belezas naturais. A profusão de ilhas na Baia é muito grande. Sabemos que existem 365 delas. Como a nossa navegação é em linha reta, ao final da Ilha Grande, já dava para vizualizar a região de Paraty. Durante a navegada o mar permaneceu bastante calmo, com leve briza pela popa da embarcação. Foi içada a genoa grande, e pemanecemos por longo período navegando à vela, sendo que só foi arriada ao nos aproximarmos da Marina 188, onde ancoramos o Catamarã. A velejada de um dia pelas águas abrigadas de Angra dos Reis e Paraty, para nós, tripulantes, valeu por um dia de descontração e muita paz, pois sabíamos que já estávamos em porto seguro. Vale ressaltar que existe uma grande movimentação de navios nas águas da Baia de Angra. Exatamente às 18:35:16 horas, ancoramos na marina 188, em Paraty, com o nosso GPS 276 C, acusando 1.286 milhas náuticas navegadas até o way point de 23 graus, 13 minutos e 791, Sul e 044 graus, 42.160 minutos W (OESTE), com velocidade media de 6.3 nós
. Foram exatamente 30 dias à bordo do Catamarã Acallanto, que nos levou com inteira segurança, de Salvador – Bahia, até o nosso destino, Paraty – RJ. Para o GRAN FINALE, à noite, foi feito um churrasco com muita picanha, já contanto com a presença do nosso grande amigo Valdecir, que teve a gentileza e a bondade de ir nos buscar em Pararty, cuja distancia de Londrina é de 850 kilometros. Está foi a ultima noite à bordo do catamarã. Após sessenta horas initerruptas de navegação, da perna de Vitória até Paraty, finalmente dormimos com a embarcação atracada em píer.
Por volta das 6:30 horas, a tripulação já estava à postos para a tarefa de retirada de malas e pertences pessoais de cada um, ultimas limpezas do convés, fechamento de gaiutas e paióis. O Getulho decidiu deixar o catamarã por seis meses em Paraty. Às 10 horas da manhã, do dia 22 de dezembro de 2007, finalmente nos despedimos do nosso querido Catamarã Acallanto, com a arriamento da bandeira com o brazão (uma gaivota azul estilizada voando sob um sol amarelo) da embarcação, dando por encerrada esta viagem de exatamente um mês.

EPÍLOGO

Trinta dias de navegação initerrupta, cuja tripulação com idade variando dos 12 anos até aos 61 anos. Infância e inexperiência aliada à maturidade e experiência. Começamos a nossa aventura com sete tripulantes, sem exceção, todos com experiência de mar. No dia 27 de novembro, os tripulantes Alexandre e Getulio, desembarcaram. No dia 1 de dezembro, recebemos como novo integrante da tripulação o Getulio Filho, que permaneceu à bordo até ao final da viagem. Dia 5 de dezembro, o Getulio retornou à bordo, juntamente com a Aninha, que permaneceu conosco por sete dias. Após este período, em uma terça feira chuvosa, a Aninha e a Ligia, tripulante da primeira hora, desembargaram em Morro de São Paulo, com destinos, respectivos de Londrina e Florianópolis. Daí em diante, a tripulação permaneceu com seis pessoas, até o final da viajem . Já havíamos explorado a Ilha de Itaparica, a Baia de Todos os Santos, a Baia de Camamu e o Morro de São Paulo. Ao desembargue das tripulantes Ligia e Aninha, que nos deixaram saudades, rumamos direto para o Sul, fazendo escalas estratégicas em Ilhéus, Porto Seguro, Abrolhos e Vitória, até nosso destino, Paraty – RJ. Durante este período, tivemos uma convivência pacífica, apesar de vivermos confinados em uma embarcação tipo catamarã de 41 pés durante um longo período. Para que reinasse um clima de harmonia e paz, cada tripulante foi suficientemente inteligente para absolver os problemas que eventualmente surgiam. Graças à Deus, durante este período, não foi registrada nenhuma enfermidade na tripulação, sendo que os dois médicos à bordo até esqueceram das suas profissões. Conhecemos novos lugares e culturas, navegamos por mares calmos e agitados. Em um ponto todos foram unânimes. Os locais desbravados são realmente bonitos e bastante acolhedores, deixando saudades e vontade de retornar. Nessas 1.286 milhas náuticas navegadas, Tivemos ao nosso lado a Proteção Divina, pois em todo o percurso não tivemos qualquer problema com as intempéries da natureza e nem problemas mecânicos que não pudessem ser resolvidos prontamente. Só podemos agradecer à Deus, Nosso Pai, a nossa viagem, a estadia pacifica e a segurança a bordo do Catamarã Acallanto. Que Deus nos proteja em outras navegadas e que bons ventos sempre soprem à nosso favor, e que sempre encontremos um porto seguro à nossa proa.
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Catamarã Acallanto, 22 de dezembro de 2007.

JOSÉ MANOEL DO AMARAL.

Serra do Corvo Branco-SC

Serra do Corvo Branco-SC
esse serra liga Urubici-SC com o Litoral, uma descida muito alta,perigosa, vale apenas conhecder, um lado lindo da natarureza

O trio da Aventura

O trio da Aventura
Erico,De Paris e Mauro, 450 km de pura aventura no municipio de Urubuci-SC

Descida da Serra

Descida da Serra
Foi uma aventura, essa descida, em marcha encrenada na primeira marcha e pé no freio, uma loucura, mas valeu apena.,estavamos em três veiculos estilo espriter-motor casa, uma viagem que marcou na nossas mentes,

5º Evento Rodamundo

5º Evento Rodamundo
Local CTG-os Praianos São José.